Essa é uma antiga lenda sobre “Hagoromo”, o manto sagrado de penas das “Tennyo”, as donzelas celestiais nipônicas. Existem várias versões do conto que se passa em Miho-no-Matsubara em Shizuoka, um dos lugares mais paradisíacos do Japão. O local é conhecido como o extenso litoral de verdes pinheiros espalhados ao longo de sete quilômetros e, ainda, com vista panorâmica do Monte Fuji. Devido à sua beleza é designado como uma das “Três mais belas vistas do país”. Em suas praias, existe o “Hagoromo no Matsu“, um velho pinheiro com mais de 650 anos, que dizem ser a árvore onde a donzela celestial depositou seu manto celeste.
As Tennyo são consideradas “Tennins”, que literalmente significa “Seres celestiais” ou “Povo do Céu”, sendo classificados como servos dos deuses na mitologia japonesa. Lendas sobre essas criaturas aladas se originaram na Índia, tendo sua crença se espalhado por grande parte da Ásia, e incorporada em algumas religiões, inclusive no budismo japonês. O termo Tennin se divide em várias classes: “Tenshi” (anjos), “Ten no tsukai” (mensageiros celestes) e as “Tennyos” (donzelas celestiais).
Esses seres espirituais encontrados na cultura nipônica, são semelhantes aos ocidentais anjos, ninfas ou fadas. As tennyos são retratadas como belas mulheres trajando coloridos kimonos perfeitamente ornamentados com requintadas jóias e cachecóis esvoaçantes em torno de seus corpos. Geralmente carregam flores de lótus simbolizando a pureza espiritual ou instrumentos musicais, como “Biwa”(instrumento tradicional de cordas japonês) e a flauta. Todos os Tennin são capazes de voar. No entanto, no caso das Tennyo, muitas lendas contam que essa capacidade se deve às suas vestimentas — estas donzelas do céu não podem voar sem seus kimonos mágicos chamados de “hagoromo” (manto feito de penas sagradas). Muitas das lendas sobre esses seres celestiais permanecem até hoje na Terra do Sol Nascente.
Mitologia Japonesa
Fonte: Caçadores de Lendas
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